Essa semana teve campanha de vacinação contra poliomielite, vulgo, “Zé Gotinha”. E como não poderia deixar de ser, lá fui eu levar as pimpolhas. Depois de tomar a vacina, uma das enfermeiras perguntou:
“- Pode dar balão? Elas gostam?”
“- Sim, elas adoram.”
Em seguida a mesma enfermeira:
“- E pipoca?”
“- Não, obrigada.”
Como se eu tivesse acabado de negar um prato de arroz e feijão para uma pessoa faminta, ela questionou:
“- Mas por que?”
"- É que eu evito dar doces para as duas."
Ela me olhou como se eu fosse um monstro perverso, insensível e cruel, (pelo menos foi assim que me senti), e ainda disse:
“- Mas quase não tem açúcar.”
Saí de lá com duas indagações:
1°: uma pipoca feita de milho/canjica e açúcar... “quase não tem açúcar”?
2°: uma profissional da saúde não deveria ter me elogiado por evitar dar açúcar para uma criança de apenas 1 ano e meio ao invés de me recriminar?
Ainda fiquei um bom tempo com peso na consciência, pensando se não tinha sido muito radical, mas aí me lembrei de crianças, de idades próximas, que comem doces e guloseimas a vontade, tomam refrigerante e que por conta disso (ou não) mal comem comida, verduras e legumes... E, sei que se eu servir pedra refogada para as duas, elas comem tudo e ainda pedem mais! Daí o peso na consciência passou rapidinho!
Mais vale ver a cara de reprovação de algumas pessoas e continuar ouvindo os elogios das professoras delas:
"Como elas comem bem! Não negam nada e repetem quase todos os dias"
Minhas ogrinhas, meu orgulho!!! kkk